Cultura (do
latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por
Edward B. Tylor, segundo a qual cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.
[1] Em
Roma, na língua latina, seu antepassado etimológico tinha o sentido de “
agricultura” (significado que a palavra mantém ainda hoje em determinados contextos), como empregado por
Varrão, por exemplo.
[2] Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade, como a música erudita européia (o termo alemão “Kultur” – cultura – se aproxima mais desta definição).
[3] Definições de cultura foram realizadas por Ralph Linton, Leslie White,
Clifford Geertz,
Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram pelo menos 167 definições diferentes para o termo cultura.
[4] Por ter sido fortemente associada ao conceito de
civilização no século XVIII, a cultura muitas vezes se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite.
[5] Ela possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre “cultura erudita” e “cultura popular”, melhor representada nos textos de Matthew Arnold, ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais.
[6]